CALMA...

As mão geladas tocaram no quente das costas,
As mãos geladas despentearam-me o cabelo
Nas tuas mão geladas, o meu corpo aqueceu.
Calma…
O meu corpo deslizava sobre o teu
A tua boca na minha se procurava
Calma…
O meu corpo encontrou o teu,
Quente...
Calma…
O teu corpo levou o meu
Ao prazer infinito
Fazendo o caminho de toda uma vida
Calma…
O teu corpo arranhado
Finalmente a cama encontrou
E mais uma vez o meu corpo
Indo ao encontro do teu…
Calma...
E mais uma vez, um outro caminho
De toda uma vida
Calma!
Ao prazer infinito te levou…

UMA ROSA NUM QUARTO ESCURO

Apareci na tua vida
Como uma brisa fresca,
Numa tarde de Verão.
Devagarinho fui ficando,
Até que um dia
Percebeste
Que pensar em mim
Fazia parte dos teus dias.
Numa tarde de Inverno,
Da brisa fresca
So restavam lágrimas,
Quis fugir, quis morrer…
Mas vivi e sobrevivi.
Da tormenta,
Mais uma vez,
Me esqueci.
E a brisa fresca
Da tarde de Verão,
Um dia, para sempre,
Em ti ficou...
Como uma rosa num quarto escuro,
Que sempre habitou…

IMORTAL

Tu, imortal amor da minha vida
Que me levas pela mão para longe,
Por breves momentos…
Sentes o que te dizia
Quando seria para sempre?
Era a isto que me referia…
A esta prisão que nos condena
A amar sem rédeas, sem moral,
A este ardor que queima devagar
Por dentro
E nos irradia por fora.
A este querer não querer,
E não conseguir;
Impotência racional,
Erupção de afectos profundos
Sem fim…Imortal

PRENÚNCIO

Tanto tempo esperei
Que assim fosse,
E agora que o é
Não é como eu
Sempre pensei…
Não sei se não acredito,
Ou se acredito que não o mereço;
Não sei se não saio
Da minha realidade
Para te viver…
Porque te quero nela,
Mas a ela não pareces pertencer…

FOI HÁ TANTO...

Um olhar,
Um rubor
Um rodar...
Um sentir
Uma mão a roçar
No ombro,
Uma onda de calor...