quarta-feira, 3 de novembro de 2010

OUTONO

Se este coração que não se parte
Mas se desfaz em pedaços,
Um dia se abrisse, verias apenas a tua projecção,
Porque és tu que lá estás.
Ocupando todo o espaço,
Não deixando um único cantinho por ser ocupado.
Se este coração se desvendasse,
Gritava com todas as forças que a mais ninguém pertence
Senão a ti!
Mas este coração,
Que apenas se desfaz não se partindo,
Não se abre e não se desvenda!
A ninguém, senão a ti...
Que, de vez em quando, o desfazes...