sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

ALMA MINHA

Alma minha gentil, que não partiste, não consegues, e eu entendo, porque eu também não consigo. Partir, nem quero. Partir. Nem que tu partas. Nunca.

Amor é fogo que arde sem se ver. E que me consome há anos. E arde; e dói; e consome. Consome-me o tempo, o pensamento, o corpo. Que só descansa quando está com o teu. Que só descansa quando te vê.

E é amar-te assim perdidamente, que já cometi loucuras, que já me sacrifiquei. Sacrifiquei o corpo e a alma. Em nome do amor que sinto. Por ti, minha alma. Em nome da certeza que tenho que, por muito tempo que passe, serás tu, e só tu, sempre, a minha alma, a minha força e o meu porto seguro.

Podes tu, minha alma, não o ver agora, mas o meu coração diz que um dia, também com clareza, irás ver o que tenho tentado mostrar-te.

Por muitas tormentas por que passe ainda no futuro, estarás sempre comigo, porque sempre estiveste comigo. Estás comigo há uma eternidade e assim continuarás a fazer parte do meu ser.

Porque és parte de mim. És o meu sangue, o meu suor, as minhas lágrimas, a minha dor e a minha alegria.És a minha âncora, o meu barco. Alma minha gentil, que não partiste, fica. Fica sempre, para todo o sempre. Fica para amanhã. Passa comigo a noite.

5 de Julho 2007

1 comentário:

RT disse...

Só me vem uma palavra à cabeça: divino...