Eu
Até agora eu não me conhecia.
Julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.
Mas que eu não era Eu não o sabia
E, mesmo que o soubesse, não o dissera…
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim…e não me via!
Andava a procurar-me — pobre louca!
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!
E esta ânsia de viver, que nada acalma,
É a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!
Florbela Espanca
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2 comentários:
Adoro Flobela Espanca.
Olá, SAYURI!
Não foi "plagio", acredita! Apesar do meu "post" ser posterior ao teu. Eu tento apenas escrever o que me vai por dentro.
E se os titulos, às vezes, coincidem, também os sentimentos de todos nós, aqui e ali, não coincidirão?!
Um beijinho!
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